Resplandescentes, fascinantes, espetaculares e vibrantes, assim se podem definir as jóias da corte russa, uma fabulosa coleção de jóias que brilha com intensidade no Museu Hermitage de São Petersburgo.
Czarinas exuberantes
Através dos trajes, retratos e objetos podem-se conhecer czarinas exuberantes do país. Nos bailes e festas usavam trajes deslumbrantes, realizados com peças fabulosas cuidadosamente selecionadas para mostrar identidade, gosto, criação e riqueza.
Mensagens secretas
As jóias também podiam ser criadas para transmitir mensagens secretas. As peças de joalharia eram encomendadas nas principais casas como a Cartier e a Fabergé. Contudo, muitas das preciosidades desapareceram após a Revolução Russa. A cultura excessiva das cortes foi destruída pela revolução
Três Imperatrizes Russas
Três imperatrizes destacam-se, Anna Ioannovna, conhecida como Ana da Rússia que governou entre 1730-1740 e que adaptou a excentricidade da moda e da joalharia na corte russa, sendo quem iniciou as célebres coleções de joias da alta sociedade.
Sucedeu-lhe Elizabeth Petrovna que esteve no governo de 1741-1761 e que tratou de aumentar essas coleções, seja com presentes de cortes internacionais, trocas diplomáticas, encomendas luxuosas, ou ainda como uma série de relógios de bolso em ouro com pedras preciosas e caixas que tanto serviam para tabaco, como para guardar cartas de amor. A imperatriz determinava a moda, usava vestuário adornado com pedras preciosas e chegou a impor que as senhoras só se podiam apresentar na corte com jóias verdadeiras.
Por fim, Catarina, a Grande, cujo reinado durou de 1762 a 1796, foi a imperatriz que adorava camafeus e para quem as roupas das ocasiões especiais eram criadas de acordo com as joias. Com a ascensão de Catarina, a Grande, as senhoras da corte puderam finalmente vestir-se e adornar-se como queriam.
Os Joalheiros da Corte Russa
Entre eles podemos encontrar nomes conhecidos: empresas de joalharia como, Cartier, Bolin, Lalique, Tiffany e Fabergé, o joalheiro oficial da corte. Carl Fabergé foi de longe o joalheiro russo mais célebre. Os seus relógios, anéis, colares, pulseiras e ovos de Páscoa, executados em ouro e prata com esmalte e pedras preciosas, lembram as joias do final do século XVIII. Este tinha uma maneira de transcender, sem esforço, os estilos históricos e criar o seu próprio “estilo Fabergé”.