Sinete
Originalmente, os anéis de sinete continham o brasão de família e eram frequentemente usados para carimbar ou assinar documentos. As formas de metal deixavam uma marca permanente em qualquer cera macia ou até mesmo em argila, “assinando” uma variedade de documentos legais. Alguns dos documentos mais importantes da História foram marcados com um anel de sinete. Naquela época, o carimbo de um anel era visto como mais autêntico que a própria assinatura do seu portador.
Cada anel era único e as marcas incluíam geralmente o brasão da família, mas existia sempre uma marca significativa que identificava pessoalmente o titular do anel. Alguns dos anéis eram monogramas ou ícones simples, associados às famílias mais importantes. Todos os anéis eram submetidos a engenharia inversa para garantir que o design fosse exibido corretamente quando estampado num documento, um nível de detalhe que garantia que os anéis eram caros e muito difíceis de copiar.
O anel de sinete já era usado em 3500 AC. Registos arqueológicos mostram que o povo da Mesopotâmia usava selos cilíndricos como marcas de autenticidade. Essa é a origem do selo corporativo que ainda hoje é utilizado por algumas empresas.
Na época dos antigos egípcios, o sinete já havia sido associado a um anel e os faraós e outras figuras importantes da época utilizavam-nos para evidenciar a sua posição.
Na Idade Média, qualquer pessoa de influência tinha um anel de sinete. Isso incluía toda a nobreza, sendo estes usados para assinar todas as cartas e documentos legais. A maioria dos anéis datados desse período eram destruídos quando o seu dono morria. Evitava-se assim qualquer possibilidade de documentos falsos aparecerem após a morte de um nobre. Ter um anel durante este período marcava o seu utilizador como um membro da classe mais alta e acima da população comum.
Conheça a peça Sinete em prata, por Raphael Zacarias da Costa, na coleção J. Baptista.