Logo após ter assumido o controlo da oficina do seu mestre Adolphe Picard, Louis-François Cartier fundou a Cartier em 1847. Com a ascensão do Segundo Império Francês, o negócio prosperou numa década com a abertura da primeira loja Cartier em 1859.  Alfred, o filho de Louis-François tomou conta do negócio e mudou-o para a prestigiada rue de la Paix em Paris em 1899.

Família

Em verdadeiro espírito familiar, Alfred contou com a colaboração no negócio dos seus três filhos; Louis, Pierre e Jacques.  Todos acrescentaram os seus talentos e a empresa cresceu.  Juntos, criaram uma marca que ainda hoje se encontra entre as mais prestigiadas do mundo.

Celebridades

As suas ideias revolucionárias, como usar platina nas joias, concederam-lhe o nome colocado pelo Rei Eduardo VII de “Joalheiro de Reis” e “Rei dos Joalheiros”. O apoio de celebridades não parou por aí, com o amigo, o aviador Alberto Santos-Dumont a solicitar um relógio específico para usar enquanto pilotava o seu avião mais leve que o ar.  O estatuto de celebridade de Santos-Dumont fez do relógio de pulso, incomum naqueles tempos, um acessório cobiçado entre os homens.

Expansão

Em 1909, a Cartier abriu uma suntuosa loja em Nova York, localizada no número 712 da prestigiada 5ª Avenida. Ainda nesse ano, a Cartier expandiu-se e abriu outra loja na icónica morada de New Bond Street, em Londres. No ano seguinte a marca inaugurou lojas em Moscovo, São Petersburgo e no Golfo Persa, iniciando assim uma forte expansão internacional.

Criações Icónicas

A primeira guerra mundial inspirou Louis a desenhar um relógio com base na frente dos tanques de guerra Renault FT que tinha visto em ação, transformando o perfil de uma máquina de guerra em algo bonito:  O relógio tank Cartier, um dos artigos de maior sucesso da marca.  Mas talvez a criação mais icónica de Louis tenha sido o anel “triple gold Trinity” interlaçado em três filamentos, ouro rosa, branco e amarelo.

Símbolos da Cartier

Por mais de quatro décadas, a Cartier executou algumas das melhores peças de joalharia e relógios que o mundo já viu.   Assim como, os famosos colares e pulseiras “tutti frutti” ou a toda poderosa pantera, um símbolo da Cartier. Esta Casa também executou o colar para o “Maharaja of Patiala” contendo quase 3.000 diamantes, sempre debaixo do olhar exigente de Louis.

A Venda do Negócio

Após a morte de Pierre em 1964, Jean-Jacques Cartier (filho de Jacques), Claude Cartier (filho de Louis), e Marionne Claudelle (filha de Pierre) venderam o negócio.

Clientes Famosos

Na mítica história da Cartier há muitas pessoas famosas que foram clientes fiéis e responsáveis por elevar a marca francesa ao patamar de luxo incontestável, como por exemplo, o Duque e a Duquesa de Windsor, a belíssima Grace Kelly, a atriz mexicana Maria Félix com as suas pulseiras em forma de cobra, o ator Richard Burton, que comprou em 1969, em leilão, comprou um diamante de 69 quilates para a então esposa Liz Taylor. Também foram seus clientes Marilyn Monroe, Nina Dhier, Edith Piaf, Aristoteles Onassis e Charles de Gaulle (só dava presentes oficiais da Cartier).  Além disso, a Cartier tornou-se fornecedora de várias Casas Reais Europeias.

Desafiar Percepções

A empresa mantém a sua sede em Paris, apesar de ser uma subsidiária integral do grupo Suíço Richemont.  A Cartier tem mais de 200 lojas em 125 países, com três templos históricos;  Londres, Nova York e Paris.  Ainda hoje a Cartier continua a ultrapassar fronteiras e a desafiar percepções, uma casa que marcou gerações e continuará a marcar com toda a sua força e criatividade.

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