Notas de História
Filigrana, derivada da palavra latina filum (“fio”), é uma forma de arte com uma história longa, sendo já conhecida desde 2.500 AC. Torcida e moldada para se assemelhar a um fio, esta entrelaça requintadamente finos fios de prata, ouro ou outros metais.
A técnica foi originalmente utilizada para decorar ornamentos pessoais, incluindo capas de manuscritos, armaduras, acessórios religiosos e coroas reais.
A sua rica história pode ser encontrada em várias civilizações antigas, do Egito à Pérsia, estendendo-se pelas eras da Antiguidade Clássica. Da Renascença, do Romantismo e da Arte Nova. Peças distintas de filigrana são ainda hoje admiradas, expostas em locais como o Museu do Vaticano, o Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque, o Louvre em Paris e o British Museum em Londres.
Associada a uma ideia de elegância e sofisticação, a decoração em filigrana permaneceu constante até novidades serem introduzidas na sua produção. Já no início do século XX, incluindo visuais monocromáticos que combinavam metais, como a platina, com pedras incolores, como diamantes. Foi durante essa era da Arte Nova que a arte das jóias em filigrana se tornou particularmente popular.
Em Portugal
Em Portugal, foi pela influência da conquista romana que a filigrana chegou ao atual território português.
A partir do séc. XVII, a filigrana portuguesa começa a construir um imaginário próprio e moldes diferenciados de qualquer outra filigrana, representando temas como a natureza, a religião e o amor.
- o mar (representado com peixes, conchas, ondas e barcos);
- a natureza (inspiração de flores, trevos e grinaldas);
- motivos religiosos (cruzes e relicários ou, mais recentemente, as medalhas com santos, anjos e figuras religiosas);
- o amor (inspiração dos corações em filigrana, embora este tenha primeiramente surgido como símbolo de dedicação e de culto ao Sagrado Coração de Jesus).
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